VIRTUAL vs REAL

Uma pesquisa realizada em 16 países indica que os jovens entre 14 e 24 anos no Brasil são os que têm o maior número de "amigos virtuais" (pessoas com as quais se relacionam apenas pela Internet) 46, para uma média global de 20.
A MTV Networks realizou um levantamento (que inclui os canais de televisão MTV e Nickelodeon) e pela Microsoft, avaliou o papel que a tecnologia tem na vida de 18 mil jovens de 8 a 24 anos. Na pesquisa, foram escutados jovens que têm acesso fácil à Internet, telefones celulares e pelo menos dois outros aparelhos eletrônicos. O estudo aponta que os jovens têm, na média global, 94 contatos guardados no celular, 78 na lista em programas de mensagem instantânea e 86 em sites de relacionamento como Facebook e Orkut.
A cada dia mais temos observado a internet dominando o mundo e os relacionamentos, contatos cada vez mais vazios, sem olhos nos olhos que nos impede de enxergar o brilho do olhar, gargalhadas estampadas apenas em “kkkkk” “hahahaha”..., relacionamentos sem toque, sem abraço, sem ombro para o dia da angústia e totalmente sem ousadia... Quando digo OUSAR, É OUSAR MESMO! É se misturar na sociedade como cidadãos e cidadãs e fazer diferença, apoiando as comunidades onde vivemos, fazendo com que as pessoas se alegrem por terem por perto igrejas e famílias cristãs.
“Infelizmente” essa cultura tecnológica sem que percebamos invade nosso espaço, limitando nosso relacionamento com as pessoas e até mesmo com Deus.
Estudos revelam que adolescentes gastam em média 3.5 horas falando com amigos, 2 horas no YouTube e 3 horas com trabalhos da escola... E assim, nossas prioridades são evidenciadas pelo tempo que investimos... Qual o tempo que você tem investido no seu relacionamento com Deus?... Lembre-se que falar de Deus não é o mesmo que falar com Ele.
Em meio a tanta inovação, tecnologia, celebridades, shows e novidades, sei que é difícil manter-se focado no “homem de Nazaré”, simples, despojado, de bacia e toalha na mão... Mas, é somente com Ele que aprenderemos a ser pessoas melhores... Pois Ele teve que aprender em 30 longos e anônimos anos em Nazaré o que é ser um pastor misericordioso. Ele conheceu pessoas e fez amizade com elas. Sentou-se com amigos e parentes na Sinagoga para a leitura do Torá, cantou Salmos, como bom e piedoso judeu, cumpriu todas as prescrições da lei. Como era de costume da época, Ele certamente trabalhou com seu pai, José. Possivelmente seu trabalho fosse além da carpintaria, envolvendo serviços gerais e de pedreiro. Trabalho pesado, braçal, trabalho cansativo. Porque tanto tempo aparentemente desperdiçado? Jesus se aproximava das pessoas, se mostrava como pessoa, sem prepotência e sem esconder as suas emoções. Caminhava, sentava, comia, aceitava um lugar para dormir na casa de gente pobre e na casa de gente rica, entre excluídos ou entre famosos e cultos. Falou para as multidões, mas também conversou em particular, tanto com homens, como mulheres, com idosos e com crianças. Ele tinha tempo para as pessoas, olhava para elas, tocava e as curava. Seu foco eram aquelas pessoas. Jesus foi duro apenas com os religiosos profissionais.
Jesus era uma pessoa congruente, ou seja, sua fala era coerente com suas ações. Os relatos dos evangelhos nos mostram Jesus separando tempo para falar com Seu Pai querido, a sós, à parte. Sistematicamente Ele deixava todos os afazeres e demandas para perguntar ao Pai: “Qual é o próximo passo? Como devo fazer isso? O que tu achas?”
Penso que antes de falarmos de Jesus, deveríamos escutá-lo, assim como Ele escutou as pessoas e a Deus, isso é o que faz toda a diferença em um mundo onde há tantas dores e miséria humana. Mas para escutar é preciso aquietar-se internamente, sair do virtual e entrar no espiritual, silenciar os próprios ruídos...
Que sejamos como Ele, verdadeiros cristãos, fazendo valer também o relacionamento pessoal, o IDE.

Tati Matias

2 comentários:

Andréia Rafaela Andrade disse...

Que linda mensagem!
Acredito que quando somos um diferencial, somos capazes de mostrar que um sorriso ou uma gargalhada podem ter seus verdadeiros valores reconhecidos por aqueles ao nosso redor. :)

Anônimo disse...

As tecnologias podem muito contribuir para o avanço do reino, mas não substitui o relacionamento que precisamos ter com aqueles que estão a nossa volta e principalmente em relação a Deus... Tempo de dar água aos sedentos, alimento aos famintos, agasalho aos que padecem frio... tempo de nos fazermos conhecidos por Ele.

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